terça-feira, 25 de novembro de 2008

“Porque existem coisas que simplesmente se sentem...”


“Porque existem coisas que simplesmente se sentem...”

Já SOU sentimental ao extremo, mas tenho percebido que as “coisas” aqui dentro estão piorando, rsrs. (E pode parar de me chamar de dramática, só aceito se for um pouquinho ...rsrs)

Não consegui identificar o real motivo de tudo isso, mas, chequei a uma conclusão leiga: é uma soma, um pouquinho de cada uma das minhas vidas, cada detalhe e acontecimento, inclusive, das aulas de Psicologia (rsrs).
Lidar com sentimentos é mais complicado do que imaginamos, mas se encontrarmos um ponto de equilíbrio, pode ser mais fácil do que todos imaginam, inclusive Freud. (Eu e minhas concepções...kkk)
Daí, as vezes me pego desejando “não sentir nada”, não falar, não ouvir, ficar bem quietinha...

Domingo, fui visitar alguém especial em minha vida, aos 92 anos, num momento que não reconhecia nem mesmo os parentes mais próximos, mas, quando ouviu a minha voz, levantou o olhar e me encarou de uma maneira que me disse muita coisa, e logo alguém a perguntava: _Quem é essa??? Muito rapidamente falou meu nome e me deu a mão para se levantar.
Conversamos algumas horas e entre estórias irreais, vinham momentos lúcidos e cheios de sabedoria. Algumas pessoas riam do que estava acontecendo e tive uma surpresa maravilhosa, a minha ANA, de cinco aninhos, veio muito brava e deu um “soco” numa das pessoas que riam e disse: _Não faça isso!! E meu André muito carinhoso, olhando-a de forma tão especial.
Está funcionando, todas as minhas broncas de não rir do outro, especialmente quando se deve abraçar. Não existe graça alguma de ver alguém cair, não saber seu próprio nome, simplesmente porque existe sofrimento ali. NADA é engraçado quando existe algum tipo de dor e muita gente esquece disso e também esquece que a qualquer momento pode estar passando por algo bem parecido ou até pior.
Só sei que foram momentos marcantes, ver alguém a quem tanto recorri pedindo conselhos, alguém a quem escolhi para ser parente, naquela situação, sem alguém auxiliando em suas “viagens” ou a trazendo para a realidade pelo menos por alguns breves momentos.
Sou tão anormal, e a cada dia que vivo, aumenta a minha certeza de que não quero ser normal, não quero ser padronizada, e não estou preocupada com rótulos, apenas, com os resultados deles...(mas, confesso que essa preocupação com o resultado dos rótulos, em relação a valores e prioridades, vem depois da escolha da cor da roupa da boneca da minha filha. Rsrs)

Prefiro ser assim, oscilando entre o controle e o descontrole (principalmente do choro, kkk) a sensatez e o refúgio, afinal, "aparentemente", só paramos de nos transformar, com a morte.

Domingo, descobri que tenho medo disso, de me perder nos meus mundos, nos meus refúgios sem alguém para me trazer de volta.
Mas, fiquei especialmente orgulhosa dos meus filhos e suas atitudes naquela situação, espero que eles continuem me trazendo de volta como fazem hoje.

Sem mais!

Um comentário:

Uratinai Ketlis disse...

Ninha, fiquei sem palavras... Logo eu...
É uma bênção termos nossos filhos, tão cheios de alegria, respeito, dedicação, orgulho, generosidade...
Se o futuro depende deles, então vamos sonhar, e lutar por um futuro bem melhor, isso depende de nós, e com certeza estamos fazendo a nossa parte... Seria maravilhoso que todos tivessem essa visão!
Sentir que vale a pena...

Bjossssssssssssssssssssssssssssssss

Quem sou eu

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Não gosto de definições, afinal, sou um ser em metamorfose, o que amo hoje, posso estar detestando (jamais odiando) amanhã. Porque mudar faz parte da evolução.

Pisciana Sonhadora 2008 © Blog Design 'Felicidade' por EMPORIUM DIGITAL 2008 | Editado por Tony - Diretor de Arte

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