quinta-feira, 17 de abril de 2008

ALGUMAS POSTAGENS DO ARQUIVO DO VPTR BLOG.


BOM DIA.
Quem me conhece sabe que adoro GUARDAR "TRANQUEIRA" (rsrs minha mãe que usa esse termo, porque eu uso: COISAS IMPORTANTES, mas, eu adoro caixas, gavetas, (todas lotadas). Agora, também: disquetes, CDs...
E fiz um arquivo da coluna no VPTR, inclusive com os comentários dos queridos que estou morrendo de saudades...
Outro dia, a JAQUE que disse: Não sei como arruma tempo pra tantas FOTOS, mas, eu estou tão atarefada que um tempinho pra fotos, pra Blog, já tenho como um certo "descanso", porque as coisas que nos dão prazer, sempre relaxam e nos fazem sorrir.
Por isso NUNCA compreendo quando alguém diz: não tive tempo para te ligar, porque qd se tem prazer em algo, sempre conseguimos uns minutinhos, nem que seja para dizer _ Oi...xau...rsrs.
Daí estarei postando alguma coisa desse "arquivo".
Xeroooooooo.
Dia 12/07/07- Primeira Postagem na VPTR
Olá galeraaaaaaaaaaa...ai que emoção. rsrsr
Bem, a partir de hj, estarei por aqui nas quintas: postando e espero carinhosamente deixar minha marquinha com vcs. Pensei duas vezes, como disse ao TONY, sempre achei o BLOG muito INTELECTUAL, mas... um dia assim...comigo por aqui, a coisa fica um pouquinho MATUTA, SIMPLES, rsrs. Como é "escancarada" minha paixão pelo NORDESTE, começo postando um dos meus textos que tenho como "xodó".
PS--Pegando "levinho", afinal...todo começo precisa ser assim né? hihihi

Apenas um dia, por aqui.


Somente aparecendo nuvens e relâmpagos no horizonte para que o coração bata mais forte. A euforia vem junto com as primeiras gotas d'água que molham o chão. O barulho dos sapos coaxando na madrugada é sinfonia harmônica que embala os sonhos do sertanejo.
O sol nem mesmo raiou para que ele esteja de pé, o fogão de lenha já arde em brasa e o cheirinho do café ganha o mundo como brisa aromática.
E saem todos, do mais idoso ao mais jovem, só quem não vai é quem ainda não ensaiou os primeiros passos. Enxada na terra molhada é como faca no queijo: prazer. Milho e feijão ... e as crianças ficam com a tarefa de cobrir os grãos com a terra. Aprendem o ofício da roça cedo, o caminho logo vira rotina em suas vidas pré-destinadas por gerações. A escola é sonho distânte, o necessário é ter o que comer. Leitura fica para o povo da rua, os filhos dos donos de bodega, os “daqui” já aprenderam a assinar o nome, tá bom demais.
Ao meio dia chega o almoço, a esposa aparece com as panelas na cabeça, como malabarista, o filho mais novo escanchado na cintura, outro na barriga, vem cantarolando algo, satisfeita por seus homens terem o que fazer.
O intervalo para comer é breve, sobre a sombra de um juazeiro toda a família se reune, sentados pelo chão mesmo, apenas: feijão com arroz. Carne é um luxo que só se vê vez enquando.
E logo voltam para lida, que se estende até a noitinha.
O anoitecer no sertão tem um ar de tristeza e poesia. O rádio ligado, o fumo sendo desfiado, e o cigarro feito na palha do milho é desfexo perfeito para o dia especial de trabalho.
Em lugar algum se espera tanto por água, sem ela os dias são longas torturas, uma incansável procura por cacimbas nos leitos secos dos riachos, um profundo penar ao ver os bichos passando sêde.
Por isso festejam a água, glorificam a São Pedro. Dão glórias e louvores a Deus.

Xeroooooooooooooooo

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DIA 19/07/07
Valores estão se invertendo. Isso é aterrorizante.
Meu lado egoísta, eu assumo, deixa-me aterrorizada pelos meus filhos, porque o futuro que os aguardam, não é o que eu sempre sonhei para eles. Mas, fazer a minha parte, de mostrar que ser humano é ser “mais” que um animal tentando sobreviver na selva de pedra, eu faço, ou pelo menos: tentarei até o fim.
Somos humanos, dramáticos, cheios de defeitos, podemos perder e ganhar qualidades durante toda a nossa vida, espero sinceramente que a grande maioria não deixe de lado os sentimentos bons: o amor ao próximo, o respeito, a solidariedade.
E hoje, minha intenção foi apenas, ser solidária a dor do nosso país, dos nossos irmãos.
Só podemos orar e pedir que os valores não mudem tanto. Porque esperança num amanhã melhor, isso, sei que temos.

Xerooooooooo.

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DIA 26/07/2007.
Olá pessoas!!!
Poxa, ando trabalhando muitão esses dias, como estamos nuns dias estressantes, vou postar um textinho bem leve, desses que gosto de escrever lá na minha rede, olhando o céu.
CONTRADIÇÕES

A tardinha, junto ao pôr do sol, sou tomada por uma tristeza imensa, olho sempre o horizonte e meus pensamentos se perdem junto a claridade do dia.
Nesse meu momento vejo tudo com um ar saudosista e um tanto pessimista.
Ao longe, por cima da caatinga cinza avisto um telhado escuro.
De um lado, surgindo entre as telhas envelhecidas e quebradas: uma fumaça branca, vindo do fogão a lenha, onde ferve uma panela de barro negra, cheia de feijões furados, esta “escorada” com uma “furquia” velha. Em cima das cinzas espalhadas, uma pilha de pratos de estanho, e uma casarola com farinha de mandioca que é a única “mistura” que se tem por aqui.
O “dono da casa”, sentado num tamborete de madeira, desfia um fumo e o enrola na palha do milho com a ponta da faca, enquanto os cachorros brincam no terreiro misturados as “crianças pequenas”.

Do outro lado desse telhado velho e caindo, está afixada uma antena parabólica que brilha refletindo os últimos raios do sol, interligada a uma TV moderna de vinte e nove polegadas e um aparelho de DVDs. Foram compradas com empréstimos consignados, uma prática muito comum atualmente em casos de beneficiários do INSS.
Esses equipamentos não se tratam de LUXO, sim: necessidades da vida moderna, todos os moradores da fazenda já os possuem, são de necessidade básica: fundamental.
Luxo? São: carnes, verduras e frutas.
Não se vive mais sem novelas, sem humor sexualmente apelativo, sem a maravilha de “não ter que conversar com a família.”

E sempre ouço as pessoas da fazenda perguntando:
_ Como nossos avós viviam sem TV?
Com certeza jantavam juntos na mesa grande, conversando sobre os afazeres do dia e olhando nos olhos uns dos outros. Havia fartura nessa mesa e mais amor nesses olhares.
O que mais sinto penar nessas mudanças: é o enorme número de crianças sendo criadas por avós sem saber quem são seus pais biológicos.


...

PE... 26/09/2006..........17:35 h

Gosto do amanhecer... sinto-me mais DOCE.
Xerooooooooooooo

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Não gosto de definições, afinal, sou um ser em metamorfose, o que amo hoje, posso estar detestando (jamais odiando) amanhã. Porque mudar faz parte da evolução.

Pisciana Sonhadora 2008 © Blog Design 'Felicidade' por EMPORIUM DIGITAL 2008 | Editado por Tony - Diretor de Arte

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