A versão "masculina" do conto, feita pelo Alê, ficou simplesmente maravilhosa, bom...até chegar na parte de contar pros amigos do futebol, óbvio. kkkkkkkkkk E o caderninho????PUTZ! (pronto, parei) rsrsrs
A visão MASCULINA é mesmo diferente...rsrs
Com a devida permissão do autor:
Xeroooooooo e aproveitem o belo texto.
Antagônico
Ela estava atrasada, pensou ele, consultando mais uma vez o relógio. Como sempre. A culpa não era do clima, pois fazia um belo dia de sol, e soprava uma brisa fresca, provavelmente vinda do mar, nem tão distante assim. Ou ficara horas escolhendo as roupas praquela curta viagem, ou se perdera, afinal, não conhecia bem o caminho... bem, isso não importa.
Ele já devia estar acostumado.Deu uma risada lembrando-se daquele encontro. Eles falaram em destino, acaso, sina... como se não assumissem que ambos ficavam sempre “caçando” uma ao outro, em um jogo de gato e rato que envolvia amigos em comum, sites de relacionamento, locais conhecidos pelos dois. Como se quisessem negar o fogo que existia entre eles, aquela conexão sexual absurda.
Que loucura, dos dois, ex-namorados na adolescência, ambos casados, transformando um simples reencontro pela internet em coisa real e perigosa. Flexionou os braços, pensando: é isso aí, é agora que as horas de sofrimento na academia vão compensar.
“Vamos curtir o momento”. “Sem antes e depois”Essas frases agora perduravam como uma espada sobre a sua cabeça. Como, sem o “antes”, se era exatamente isso o estopim de tudo. Como não pensar no depois, se dali a poucos dias teria que retomar aquela rotina frustrante de bom marido provedor... as coisas que a gente diz quando está louco por sexo!
Finalmente!Lá estava ela. Linda... cabelo desgrenhado pelo vento, decotão deixando o colo à mostra... belos seios! Ela desceu do carro, estava olhando engraçado pra ele, que sorriu amarelo. Ela chegou perto... que perfume! Ele fez questão de roçar os seus lábios de leve nos lábios dela, quando trocaram os três beijinhos de boas vindas. Ficou excitado. Conversaram amenidades por horas, ela em um bláblá inesgotável, ele tentando entrever os bicos dos seios dela através do decote... de repente, um silêncio. Será que ela percebeu que ele já estava com uma ereção enorme? Um tesão incontrolável?
Ele sorriu. Ela correspondeu com um meio sorriso sacana. Antes de ele pensar em qualquer atitude, ela o beijou, sofregamente, o coração como um bate estacas. Ela ficava chamando-o de príncipe, exatamente como aquela adolescente que ele se lembrava.
Transaram de todas as formas, em todos os lugares. Exploraram cada recôndito de seus corpos. Ela o espantou. A experiência fez bem para aquela mulher, que agora se masturbava para ele, aceitava o sexo anal, engolia em vez de cuspir, não tinha pudores de espécie alguma. A menina era uma tremenda fêmea. Ele a fez gozar como nunca, passaram o dia e a noite inteiros naquela safadeza.Enquanto ele a observava dormitar, acariciando seus seios, já pensava naquele antigo caderninho de telefones, onde, quando jovem, anotara o nome de todas as suas amantes. Se cada “reencontro” fosse tão bom como este, sua vida sexual estaria garantida por muito tempo! O garanhão estava de volta! Mal podia esperar pra contar o caso pra galera do futebol!____________________________________________________________________
Os momentos podem ser tão antagônicos quanto as personalidades. O que é inesquecível para alguns, pode ser fugaz para outros. O romântico pode ser fútil. É uma mera questão de ótica