Sim, hojé é domingo, e não em uma alma viva on line, rsrsrsr. Nunca estive aqui domingo cedo e fico pensando que as pessoas devem estar em casa, curtindo a família, ou dormindo, são 8:00 da manha.Estou fazendo um curso de Oratória, desde ontem e está sendo maravilhoso. Daqui a pouco volto pro auditório e dei uma passadinha aqui, fui na CDS e vi algumas VERSÕES do conto Inesquecível, vou postar para nos divertimos.Bom, quem não leu o conto INESQUECíVEL, olha aí mais em baixo (rsrsr) e vem lendo de baixo pra cima, senão, você não vai entender nada.Xerooooooooo.Versão da Manu Bastos. (a popular Caiçara) hihihi
Irreversível.
Sabrina sabia que agora já não tinha mais volta. Tudo o que ela planejou, cada sorriso acanhado, cada debruçada sobre a mesa, cada olhar muito profundo e a boca entreaberta pra mostrar o quanto seus lábios eram desejáveis, cada uma das inevitáveis idas ao banheiro durante o jantar – não muitas para que ele não pensasse numa possível diarreia mas suficientes para que a fenda pecaminosa do seu vestido fosse devidamente apreciada – tudo! Agora finalmente, tudo passava da fantasia para a realidade.Ricardo (e existe sempre um Ricardão), repetia baixinho a citação do poeta que ela tanto gostava e amaldiçoava a sua língua presa. Era extremamente difícil ser sensual enquanto gotas de saliva voavam a cada S pronunciado. Talvez mudasse a citação, talvez inventasse um abcesso na boca que justificasse o seu silêncio. Caía em si: tanta expectativa e tesão reprimidos não deixariam que um leve pormenor da sua dicção atrapalhasse o momento mágico.Sabrina agora sonhava com o momento em que finalmente, depois de mais uma garrafa de vinho e do último morango degustado – sim, ela saborearia os morangos com calma, talvez mordiscasse e desse lambidinhas atrevidas antes de devorá-los, ah! Essa noite promete – Ricardo a tomaria em seus braços e a natureza se incumbiria do resto.Ricardo e Sabrina se encontraram num bar ao lado do restaurante. O barulho era muito, as pessoas não se davam conta do encontro de almas que ali acontecia e continuavam a gargalhar alto. Ricardo estava hipnotizado: mesmo com algumas espinhas que o Photoshop tratara de esconder e alguns quilinhos a mais, que a webcam bem posicionada ocultava, Sabrina era bem mais do que ele merecia.Sabrina pensava que ele estava estranhamente calado, sendo um homem tão entusiástico com as palavras no MSN. Interpretou o silêncio como emoção.O jantar transcorria como o idealizado. Os olhares, as entrelinhas, o garçom com os cardápios e…- Para entrada, sthopa ou shtalada? Ricardo sorria.
Que engraçado, provavelmente um pedacinho de pão ficou preso no céu da boca, pensou Sabrina.- O fricasthé de frango paresthhhe delithhhioso.- O último álbum dos Rolling Shhtones.- Sttthhhobremesa é por sthhhua conta! Esthhhscolhe!Toda a timidez passara, Ricardo não mais se calava. Sabrina sentia as mãos dormentes, o mal-estar era tanto que a visão estava turva. O vestido, por Deus! A fenda…os morangos! Não podia ser, que pesadelo…- Minha dosthhe Sthhhhabrina..Quando ele tentou cantar a Yesterday, Sabrina não conseguiu mais disfarçar o seu constrangimento. Pediu desculpas, tinha mesmo que ir.- Asthhhim? Sthhem mais nem…Mas ela já estava de pé.Quem acredita que o amor vence tudo, que tente ouvir a Yesthhhhsterday.
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Versão da Elaine....
INEXPLICÁVEL
Quanto nervosismo, quanta agitação, toda aquela agitação era porque finalmente iriam se encontrar. Tantos meses conversando pela internet, telefone e agora sim, se encontrariam .Frente a frente! Ela mal se continha.Suas mãos tremiam, piscava os olhos o tempo todo. Uma vontade louca de fugir, desistir...’Ele q não chega’, olhou o relógio, ainda faltavam alguns minutos para o horário marcado.Voltou seus olhos para o seu redor, o bar era bonito, aconchegante, romântico...‘Tanto para talvez nada’, pensou. Não teve coragem de contar a ninguém sobre o encontro, teve vergonha e medo ao mesmo tempo. Afinal quem iria aprovar um encontro assim?Às escuras, com alguém que nunca viu nem pela webcam?Mas o coração sentia, sentia que podia ser também algo diferente de tudo que viveu, algo que a fez sair de seu mundinho medíocre.Ela quis esse encontro, ela pediu e ele aceitou.As conversas sempre foram bastante proveitosas, um parecia entender muito bem o que o outro dizia. Pediu um vinho, estava com a garganta seca. Ou seria embargada?Enquanto passeava com os dedos pela borda da taça, ouviu atrás de si :-‘Marina’?
Aquela voz não lhe era estranha. O coração acelerou, seus olhos não se moviam, assim como nenhum de seus músculos.Estava em estado de alerta total. Essa sensação durou alguns segundos. Até que ele se sentasse à frente dela com um sorriso.Aquele sorriso, era novo mas ao mesmo tempo bastante familiar. Um sorriso simples como as roupas que ele usava. Um olhar franco e firme como sua voz e suas palavras.Enfim ela conseguiu sorrir e dizer: ’ Lucas?Você veio!’Os olhos dos dois se encontraram, nesse instante tiveram a certeza de que o encontro não havia sido um erro e a noite estava apenas começando. A conversa foi tranqüila e harmoniosa, com trocas de palavras carinhosas, como sempre acontecia nas conversas anterioes, porém agora estavam ali juntos, o calor da presença um do outro aguçava os sentidos.De repente um toque involuntário nas mãos, e uma sensação de ‘formigamento’ , param e mais uma vez um olhar penetrante e profundo.Ela sentia uma segurança que sabia não ser comum em si.Era um momento único.Os dois ali juntos.Não sabia , e nem queria pensar no que poderia acontecer no dia seguinte, mas naquele momento, naquela noite ela iria viver tudo o que nunca se havia permitido viver.
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Versão de Tramell
Marina e LucasA internet facilita fantasias fantásticas. Nos injeta uma medida certa de fantasia e sonho. Virtual logo passa a se tornar real e o Real Virtual. Às vezes os dois mundos se confundem. Pra outraspessoas o mundo se contraí, se divide e se define, literalmente. O desencontro acontece como cada umlida com sua quantia de encantamento e frustação. Pessoas se divertem, pessoas usam pra encontrarpessoas, pessoas usam pra passar o tempo e pessoas usam pra aproveitar o tempo. Marina usa praviver um conto de fatas sentimental, como tudo que se mistura à vida real, pode dar ou não certo. Ela não é muito racional. No entanto é extremamente doce.Lucas consegue dividir as coisas, mas quis se dar a chance de não fazer como sempre fez. Viver o virtual no virtual e o real no real. Como opinião própria e bem definida, nunca quis se fechar paraas coisas além do que ele pretendia fazer e fez. A muitos anos separava bem essa tênue linha entrea corda bamba cibernética. Ele confessa aos amigos, que foram os olhos puros de Marina que o fizeramarriscar ao desconhecido. Fotos, dizia ele, fala mais do que muitas frases feitas, naqueles retratos que a via, configurava idealizações que pretendia experimentar para concordar que esteve certo ou refutartudo que tinha fantasiado antes. Ele é um pouco convencional, racional, mas tem ficado levementeridiculo. Um sintoma que os poetas revelam em doses de amor. O ridiculo e delicioso amor.
Marina e Lucas se encontraram pela primeira vez. Hora marcada, lugar certo e pessoas ansiosas.Duas pessoas com vidas extremamente diferentes. Mas estavam ali, dispostos ao improviso da vida. Os olhos lampejavam ao se enxergarem pela primeira vez "ao vivo". Sorrisos largos, braços abertose olhares efusivos. Não interessava naquele momento as razões, porque ambos saciavam suas expectativas.Não sabiam se iria ser o primeiro de muitos encontros, o único encontro que diria Olá e Adeus. Estavam certos apenas que era bom. Bom ver que fantasias abstratas possam ser tocadas além da realidadepoder ser a concretização abstrata.Marina e Lucas se abraçaram. Ali cessava qualquer palavra ou pretenção. O calor do abraçodesperta em nós a lembrança do aconchego de 'ninho'. A segurança anda de pernas bambas como o ébrioe a equilibrista. E como não ser?Cante Elis:O Bêbado e A EquilibristaCaía a tarde feito um viadutoE um bêbado trajando lutoMe lembrou Carlitos...A luaTal qual a dona do bordelPedia a cada estrela friaUm brilho de aluguelE nuvens!Lá no mata-borrão do céuChupavam manchas torturadasQue sufoco!Louco!O bêbado com chapéu-cocoFazia irreverências milPrá noite do Brasil.Meu Brasil!...Que sonha com a voltaDo irmão do Henfil.Com tanta gente que partiuNum rabo de fogueteChora!A nossa PátriaMãe gentilChoram MariasE ClarissesNo solo do Brasil...Mas sei, que uma dorAssim pungenteNão há de ser inutilmenteA esperança...Dança na corda bambaDe sombrinhaE em cada passoDessa linhaPode se machucar...Asas!A esperança equilibristaSabe que o showDe todo artistaTem que continuar...
Essa música foi inspirada por um ideal, foi ouvida por diversos ideais e foi embalada em várias situações idealistas.
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Versão da Jussara:
Eu mal podia acreditar no que estava escrito na minha página de recados , era meu primeiro namorado , aquele que quase me entreguei ...Ricardo !Depois de muitos e-mails trocados , conversas picantes no msn e de muita insistência , tomei coragem e resolvi encontrá-loEla ainda podia sentir o gosto do chiclete ping pong de morango misturado com cigarro Galaxy da saliva dele quando se beijavam , era um beijo indescritível , o melhor de todos até hoje e olha que ela havia beijado muitas bocas , como seria beija-lo agora depois de tantos anos ? Tudo estava a seu favor a temperatura amena , sem trânsito na cidade , o marido tinha ido viajar a negócios , as crianças com a tia cúmplice , nada poderia poderia atrapalhar . O seu nível de excitação era tanto que já estava esquecendo do kit motel antes de sair , havia comprado lingerie preta , gel ... tudo perfeito!Antes de estacionar o carro no local combinado ela entrou em pânico , e se ele a achasse velha ? afinal eram 25 anos que não se viam , ela não tinha pensado nisso e imediatamente se olhou no espelho , já não era mais a garotinha de 15 anos mas ela gostou do que viu ,mesmo porque ele também deveria ter envelhecido . Estacionou o carro , desceu , arrumou os seios no decote e caminhou . Ele estava parado de costas e ela pode observar aquele homem , aquela pessoa estranha , mas agora não tinha como voltar atrás , ela ansiava por esse momento há tantos anos ... e caminhou até ele , passos firmes , respiração ofegante , seios arfando , boca seca ... ele se virou e sorriu , quem era aquele homem de cabelos grisalhos , rugas nos olhos , aonde estava aquele menino de olhos verdes que me fazia suspirar?Conversamos ali em pé mesmo por alguns minutos que para mim pareceram horas , não estava conseguindo me concentrar , me lembro que ele elogiou meu corpo , adorou meu perfume , sussurrou umas sacanagens no meu ouvido e disse :- Vamos Rita?
Naquele momento os 25 anos passaram pela minha frente .... jamais eu reencontraria naquele homem o menino de 15 anos , o melhor beijo da minha vida , o gosto de chiclete de morango com cigarro Galaxy !Pedi desculpas , dei um último beijo e fui embora ..... pensei comigo , já beijei bocas melhores e comecei a rir !
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É POR ISSO UE FALO, CADA PESSOA É UM UNIVERSO PARTICULAR.
Bjs!!!!!!